Minas Gerais está enfrentando o maior número de focos de incêndio registrados nos últimos 14 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início de 2024 até a última segunda-feira (19/8), mais de 3,6 mil focos foram identificados em áreas de vegetação, o maior número para o período desde 2010.
Duas das regiões mais afetadas são a Serra da Moeda e o Parque Nacional da Serra do Cipó, onde mais de mil hectares de vegetação já foram destruídos. Na Serra do Cipó, mais de 50 voluntários, bombeiros e agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão atuando no combate ao fogo, enfrentando grandes dificuldades devido ao difícil acesso às regiões montanhosas.
Brigadistas como Daniel Guimarães relataram que estão há dias no combate às chamas, que ameaçam áreas de preservação permanentes vitais para a proteção de nascentes e córregos. Sérgio Augusto Domingues, superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Minas Gerais, ressaltou a importância de preservar as matas de galeria, que são cruciais para a manutenção dos cursos d’água na região.
Na Serra da Moeda, o incêndio, iniciado próximo à BR-040, já consumiu cerca de 600 hectares de vegetação. As equipes de combate conseguiram evitar que o fogo atingisse as residências próximas, assegurando a segurança dos moradores.
Embora os principais focos de incêndio na Serra do Cipó tenham sido controlados na tarde desta terça-feira (20/8), a situação continua crítica, e há suspeitas de que o incêndio tenha sido provocado intencionalmente.