Minas Gerais já contabiliza 1.746 casos confirmados de febre oropouche entre maio de 2024 e julho de 2025. A doença viral, transmitida pelo inseto conhecido como mosquito pólvora (do gênero Culicoides), tem sintomas semelhantes aos da dengue e outras arboviroses, como febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, náusea e diarreia.
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), responsável pelos exames laboratoriais no estado, reforçou o alerta na última semana, principalmente após o registro de quatro mortes por oropouche no estado vizinho do Rio de Janeiro em 2025. O diagnóstico preciso exige exames laboratoriais específicos, já que a infecção pode ser confundida com outras doenças virais.
Vetor e prevenção
Segundo o Laboratório de Entomologia da Funed, o ciclo de vida do mosquito pólvora dura entre 30 e 40 dias e ocorre em ambientes com muita umidade e matéria orgânica, como áreas de mangue, margens de rios, cascas de frutas em decomposição, buracos de caranguejo e plantações de banana e cacau.
Diferentemente do Aedes aegypti, que se reproduz em água parada, o Culicoides se desenvolve em locais com detritos orgânicos úmidos. Por isso, a recomendação principal é evitar a permanência em áreas com alta infestação, especialmente no fim da tarde, quando o vetor é mais ativo.
Para quem não pode evitar esses locais, recomenda-se o uso de roupas que cubram bem o corpo, como camisas de manga longa, calças compridas e sapatos fechados. O uso de óleo corporal nas partes expostas do corpo pode atuar como barreira física, mas não tem ação repelente ou inseticida. A Funed alerta para não utilizar óleos de cozinha ou fórmulas caseiras, que podem causar alergias.
Repelentes comuns utilizados contra o mosquito da dengue não têm eficácia comprovada contra o mosquito pólvora, já que se trata de um inseto de família diferente.
📌 Fonte: Hoje em Dia / Com informações da Funed