Minas Gerais, considerado um dos estados mais suscetíveis a abalos sísmicos no Brasil, vai receber ainda este ano cinco novos sismógrafos fixos. Os equipamentos serão instalados em Sete Lagoas, Betim, Lagoa Santa, Itabirito e Ipatinga, reforçando o monitoramento em uma região que concentra quatro de cada dez tremores registrados no país.
De janeiro a setembro de 2025, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) já identificou 218 tremores em todo o território nacional, sendo 91 em Minas Gerais — o equivalente a 41% do total. Com isso, o estado já igualou o número de abalos contabilizados em todo o ano anterior.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). O objetivo é identificar com maior precisão os epicentros e hipocentros dos tremores, especialmente na região de Sete Lagoas, historicamente marcada por episódios de abalos sísmicos.
Segundo especialistas, os novos sensores vão ajudar não apenas no acompanhamento em tempo real, mas também em pesquisas sobre as causas dos tremores e sobre potenciais riscos geológicos. As informações coletadas serão integradas à Rede Sismográfica Brasileira, contribuindo para a formulação de políticas públicas e ações preventivas.
Entre agosto e setembro, Minas registrou tremores em municípios como Planura, Araçuaí, Frutal, Pirajuba, Crisólita e Capim Branco. A maioria dos eventos foi de baixa magnitude, variando entre 1,9 e 2,8 na Escala Richter, mas ainda assim despertou preocupação entre moradores.
Fonte: Estado de Minas – Foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press