A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) pede aos municípios a devolução das doses de CoronaVac listadas estão entre os lotes interditados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O estado recebeu, do Ministério da Saúde, 823 mil doses que tiveram o uso desautorizado no Brasil; cerca de 20 mil foram distribuídas às cidades.
Vinte e oito doses foram aplicadas na população.Belo Horizonte recebeu quase 9 mil doses, contudo não fez nenhuma utilização. Conforme a SES-MG, os municípios devem encaminhar os imunizantes para a Central Estadual da Rede de Frios, no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte.
O infectologista Leandro Curi explica que esse é um procedimento de praxe, que acontece não apenas com vacinas e que não há motivo para alarde.
“Já é de praxe das autoridades sanitárias recolher lotes de medicamentos que falharam em algum momento do processo, seja na produção, no envasamento, na logística ou mesmo na substância. A Anvisa faz isso rotineiramente, não é só com a vacina. Não há motivo de alarde”, alega.
De acordo com ele, sequer há necessidade de monitoramento dos vacinados. “Se eles serão, ainda não sabemos. Necessidade talvez não. A vacina não será problemática no sentido de fazer mal para a pessoa porque ela foi recolhida. É provável que a pessoa tenha que ser revacinada”, afirma.