A mineração em Minas Gerais está associada a um aumento expressivo nas mortes por doenças do sistema circulatório. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) revelou que, nas 20 cidades que mais receberam repasses da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), a taxa de mortalidade por essas doenças é 61% maior em comparação a municípios sem atividade minerária.
O estudo comparou dados de internações e óbitos entre os 20 maiores beneficiários da CFEM e 328 cidades sem mineração. Os moradores de regiões com atividade minerária enfrentam, em média, internações mais longas — 6,6 dias contra 5 dias — e maior exposição a problemas arteriais, venosos e linfáticos.
Mesmo com alto volume de recursos recebidos, essas cidades ainda enfrentam deficiências em áreas essenciais como saúde, educação e limpeza urbana, o que reforça a percepção de que os investimentos não têm se revertido em qualidade de vida. O TCE-MG defende que Estado, municípios e mineradoras atuem de forma conjunta para mitigar os impactos negativos do setor.
Foto: Douglas Magno / 08.02.2019
Fonte: O Tempo, 09 de junho de 2025
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