A aglomeração frequente nos bares de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, mesmo com o aumento de casos confirmados e mortes por COVID-19, fez um morador tomar uma atitude inusitada.
O locutor, conhecido como Gerson Caburé, usou os materiais de trabalho, carro, caixa de som e microfone e trocou os anúncios publicitários por mensagens educativas. Ele saiu pelas ruas da cidade alertando sobre os riscos do novo coronavírus.
“Vindo de um culto religioso com a família, quando passamos pela orla da Lagoa Central, deparamos com centenas de pessoas todas juntas e sem nenhuma proteção e meu filho José, dez anos, virou e me disse: olha papai, esse povo tá doido, todo mundo sem máscara. Aquilo mexeu comigo e fiquei pensando como fazer alguma coisa”.
Segundo o locutor, nos dois dias rodados ele já percebeu que em alguns lugares o comportamento das pessoas já melhorou, mas a orla continua cheia. “Já passei lá em horários de pico e também passamos nos bairros da periferia da cidade”.
Em Lagoa Santa, o número de casos confirmados já está em 1036 e de mortes já são 14, de acordo com o boletim epidemiológico deste sábado (5/12). Um dos bairros percorridos por Caburé é o Palmital, que tem 59 casos de COVID-19 registrados e só perde para o Centro, que tem 60.