Nesta quarta-feira (14), os moradores do bairro Novo Campinho, em Pedro Leopoldo, relataram uma série de problemas enfrentados na comunidade. As reclamações vão desde infraestrutura precária até a recente interdição de um atalho que ligava o bairro ao Felipe Cláudio, utilizado há anos por pedestres e veículos.
A situação causou revolta entre os moradores, que alegam abandono e descaso com a região. Entre os principais problemas apontados estão: mato alto em lotes vagos, ruas parcialmente obstruídas pela vegetação, falta de unidade de saúde, horários insuficientes de ônibus, iluminação precária e quase nenhuma oferta de comércio – exceto pelo serviço de Apoio.
O fechamento do atalho foi o estopim da insatisfação. Os moradores afirmam que, mesmo sabendo se tratar de área particular, já haviam solicitado à Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo (PMPL) a regularização do acesso, transformando-o em via pública, o que não foi atendido. Também questionam se houve exigência de contrapartidas urbanísticas na aprovação do futuro loteamento, como determina a legislação.
Em resposta, a Prefeitura enviou nota oficial esclarecendo todos os pontos levantados pela população. Confira a seguir:
1. Atalho entre os bairros Novo Campinho e Felipe Cláudio:
“O referido atalho atravessa uma área particular, destinada a futuro parcelamento urbano. A Prefeitura esclarece que o proprietário da área já havia consultado o município quanto ao uso irregular da passagem, que não foi oficialmente autorizada e vinha sendo utilizada, inclusive, como ponto de descarte indevido de resíduos e animais mortos. O proprietário já estuda a possibilidade de implantação de uma via regular no local.”
2. Contrapartidas e regularização de vias:
“As contrapartidas exigidas para aprovação de loteamentos, incluindo áreas para equipamentos públicos e servidões, são discutidas e pactuadas na Comissão de Política Urbana (CPU), durante o processo legal de aprovação do empreendimento. Qualquer via pública oficial depende de análise técnica, jurídica e urbanística, respeitando os trâmites previstos em legislação.”
3. Limpeza urbana e lotes vagos:
“A Prefeitura, por meio da Secretaria de Obras, tem realizado ações periódicas de limpeza no bairro. No início do ano, por exemplo, houve mutirão que contemplou as praças, vias principais e a construção de passagem de pedestres próxima ao ponto de ônibus do Epa. No entanto, o crescimento de mato em lotes vagos é de responsabilidade dos respectivos proprietários. O município realiza notificações conforme demanda ou denúncia registrada.”
4. Unidade Básica de Saúde (UBS):
“O bairro Novo Campinho já é atendido pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) Lua. A Secretaria de Saúde está atenta à necessidade de expansão dos serviços e poderá realizar novos levantamentos sobre áreas destinadas à construção de UBS, conforme o crescimento da demanda e disponibilidade de áreas públicas adequadas.”
5. Transporte público:
“A demanda por mais horários de ônibus será encaminhada ao setor responsável por mobilidade urbana, que poderá realizar estudo técnico sobre a frequência e cobertura do transporte coletivo na região.”
6. Iluminação pública:
“A Secretaria de Obras realizará vistoria no bairro para verificar os pontos indicados como precários. Informamos que, até o momento, o bairro é atendido com rede de iluminação, e eventuais falhas ou falta de iluminação podem estar relacionadas a áreas de loteamentos ainda não regularizados.”
7. Oferta de comércios:
“A instalação de estabelecimentos comerciais é definida por dinâmica de mercado, não sendo de competência do poder público municipal determinar a presença de comércios específicos. Ainda assim, a Prefeitura permanece atenta à necessidade de fomentar o desenvolvimento urbano e econômico das regiões.”
A Prefeitura finaliza a nota reforçando que “as secretarias envolvidas seguem comprometidas com o atendimento das necessidades da população e com o diálogo contínuo para promover melhorias no bairro Novo Campinho e em toda a cidade.”


