fbpx

Morte de mulher trans é investigada; ONG LGBTQIA+ afirma que vítima não teve o nome social respeitado

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

A Polícia Civil investiga o caso de uma mulher, de 27 anos, assassinada com golpes na cabeça no bairro Jardim Colonial, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. O crime ocorreu na madrugada desta terça-feira (23). 

A vítima é Marcinha Ribeiro, natural do estado de Pernambuco. Ela foi levada ao Hospital Risoleta Neves, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta quarta-feira (24). 

De acordo com o registro feito pela Polícia Militar, Marcinha estava em casa quando um homem a atingiu na cabeça. A médica que atendeu a mulher não soube identificar se as lesões foram provocadas por arma de fogo ou outro objeto. 

Testemunhas relataram que a jovem era trabalhadora sexual. Quando a polícia chegou ao local, os militares ainda tentaram conversar com a vítima, mas ela apresentava dificuldade em articular as palavras. 

A Polícia Civil informou que um homem foi conduzido à delegacia e liberado após ser ouvido pelos investigadores. 

Para ONG LGBTQIA+, vítima não teve o nome social respeitado

O Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG) lamentou a morte da jovem, que era uma mulher trans, e disse que acionou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e o Ministério Público. 

Segundo a entidade, Marcinha foi identificada pela polícia com base no seu sexo biológico, o qual já não tinha identificação. Além disso, o Cellos afirma que o hospital não notificou o Estado da morte ser um caso de violência contra a mulher, tampouco apresentou a vítima no sexo feminino. 

Por nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) explicou que no registro policial há, sim, possibilidade de preencher o campus de orientação sexual e identidade de gênero dos envolvidos, no entanto, como é um campo de autodeclaração, só seria possível a pedido da vítima.

Fonte: Globo Minas.

Encontre uma reportagem