Mortes por doenças não transmissíveis aumentam 43% nas Américas desde 2000, aponta Opas

Por Dentro De Tudo:

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As mortes causadas por doenças não transmissíveis aumentaram 43% nas Américas desde o ano 2000, segundo relatório divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (2). O documento revela que enfermidades como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e problemas respiratórios crônicos continuam sendo as principais causas de morte na região e representam atualmente 65% de todos os óbitos registrados.

De acordo com o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, os dados servem como um alerta para governos e sociedade. “É uma chamada de atenção urgente”, afirmou. Ele destacou que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com ações eficazes de prevenção e acesso a tratamentos adequados.

O relatório, intitulado “Doenças Não Transmissíveis em uma Olhada Rápida 2025”, aponta que, somente em 2021, cerca de 6 milhões de pessoas morreram em decorrência dessas doenças nas Américas. As doenças cardiovasculares lideram as causas, com 2,16 milhões de mortes, seguidas pelo câncer, com 1,37 milhão, o diabetes, com mais de 420 mil casos, e as doenças respiratórias crônicas, responsáveis por mais de 416 mil óbitos.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta principal causa de morte, com 100.760 casos registrados. O relatório observa que as taxas de suicídio aumentaram 17,4% desde 2000, principalmente entre os homens, e atribui parte desse crescimento a desafios relacionados à saúde mental e ao contexto social.

O envelhecimento da população e o aumento de fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação inadequada e sedentarismo estão entre as principais causas da escalada das doenças não transmissíveis. Além disso, a Opas destaca o impacto da poluição do ar, que contribui para o crescimento dos casos de doenças respiratórias e cardiovasculares.

A organização reforça que, apesar dos números preocupantes, há caminhos possíveis para reverter esse cenário. Mudanças de hábitos, ações educativas e políticas públicas focadas em saúde preventiva e acesso ao diagnóstico precoce podem reduzir significativamente a mortalidade relacionada às doenças crônicas não transmissíveis. O relatório termina com um apelo para que os países das Américas ampliem seus esforços nessa direção.

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