Duas mortes repentinas ocorridas em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, estão sendo investigadas pelo Ministério da Saúde como Evento de Importância para a Saúde Pública (EISP). As vítimas, da mesma família, morreram após uma piora rápida do quadro clínico e não estavam vacinadas contra a Influenza A, segundo informou o diretor clínico do Hospital Geral Dr. Brício de Castro Dourado, Ítalo Carvalho.
As mortes aconteceram no fim de junho, logo após os pacientes participarem de eventos sociais na zona rural da cidade. Eles foram inicialmente atendidos com sintomas inespecíficos. Exames laboratoriais confirmaram a presença do vírus da influenza em uma das vítimas, e há fortes indícios de que o segundo caso também tenha sido causado pelo mesmo agente infeccioso.
Amostras colhidas apontaram ainda a presença de rinovírus, parainfluenza tipo 4 e vírus sincicial respiratório — todos conhecidos por provocarem quadros como bronquite, laringite e resfriado comum. A hipótese mais provável, segundo os profissionais da saúde, é que as mortes tenham sido causadas pela combinação de vírus respiratórios.
Apesar disso, o caso segue sob investigação, principalmente devido aos sintomas hemorrágicos apresentados pelas vítimas. Doenças como hantavirose, leptospirose e meningite já foram descartadas após exames.
Diante do quadro, a Secretaria Municipal de Saúde lançou uma campanha emergencial de vacinação contra a influenza, com o objetivo de imunizar todos os grupos de risco — incluindo crianças, gestantes e idosos. A secretária de Saúde, Andressa Rodrigues, anunciou que a ação também será levada às praças, escolas, unidades de saúde e ao asilo do município.
“O plano é vacinar toda a população, com foco nos grupos mais vulneráveis. A vacina é fundamental para evitar o agravamento dos quadros respiratórios”, destacou a secretária.
O Ministério da Saúde segue apoiando a mobilização enquanto monitora o avanço do surto na região.
📍 Fonte: O Tempo
📸 Foto: Google Street View / Reprodução
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