Quem pegou a estrada na noite desta sexta-feira (3) precisou de uma dose extra de paciência. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou congestionamento nas principais saídas de Belo Horizonte, por volta das 19h30.
Os principais pontos de lentidão eram registrados nas rodovias BR-381 (que liga a capital ao Espírito Santo), BR-040 (que liga a capital ao Rio de Janeiro e Brasília) e BR-262 (que também liga Belo Horizonte ao litoral capixaba).
Cuidados na pandemia
Com a chegada do feriadão de 7 de setembro, Dia da Independência, o fluxo de pessoas nos aeroportos, terminais de ônibus e estradas do estado aumenta consideravelmente – o que é motivo de preocupação em meio à pandemia da Covid-19 e requer cuidados redobrados.
Segundo o infectologista Leandro Curi, é necessário que haja cumprimento das medidas sanitárias por parte de quem vai viajar neste recesso prolongado. Veja o que diz o especialista e por que se proteger:
1. Presença de variantes
O infectologista destaca a presença de novas variantes do coronavírus no estado, como a indiana delta, que se espalha e contamina as pessoas mais facilmente. Ela se junta a outras que já estavam presentes, como a gama, de Manaus, a alfa, da Inglaterra, e a beta, da África do Sul.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A gente ainda tem uma série de variantes e podem surgir novas, é claro, a todo momento, do Sars-Cov-2, que contaminam e podem, a longo prazo, médio prazo, até furarem o bloqueio vacinal. Ou seja, mesmo pessoas protegidas ainda assim ficarão vulneráveis.
Em três dias, Minas Gerais salta de 102 para 174 casos confirmados de Covid-19 pela variante delta.
Ainda nesta sexta (3), Minas Gerais registrou 5 primeiros casos da variante do coronavírus denominada mu, descoberta inicialmente na Colômbia. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), os casos da variante mu foram identificados em Virginópolis (3) e em Guanhães (2), ambos na Região Leste do estado.
2. Cobertura vacinal
Segundo o especialista, a vacinação diminuiu o número de casos, internações e óbitos pela Covid-19, mas a cobertura vacinal ainda não é suficiente para acabar com a pandemia, que ainda é “uma realidade”.
Por isso, o uso de máscara continua sendo essencial, principalmente em ambientes compartilhados, fechados e com várias pessoas, como em ônibus, aviões e até carros.
Então a gente pede uma atenção especial nesse momento de viagem. A maioria de nós, ou muitos de nós, já temos a primeira ou a segunda dose de vacina, mas ainda não estamos completamente protegidos. Então a manutenção da máscara é uma necessidade, principalmente quem for viajar em carro com mais gente, em ônibus, em avião, onde tem mais pessoas em local fechado.
De acordo com dados da SES-MG, a cobertura vacinal da primeira e segunda dose, até o momento, está em 81,85% e 36,63%, respectivamente. Especialistas apontam que a chamada imunidade coletiva, quando o vírus já não consegue circular com tanta facilidade, acontece em torno de 70% da população totalmente imunizada com duas doses.
3. Regras básicas e essenciais
Além do uso indispensável de máscara, todas as outras recomendações e protocolos sanitários devem ser seguidos com rigor, para que o viajante não corra o risco de se infectar e transmitir o vírus a outras pessoas, seja durante a viagem ou no retorno para casa.
As regras a gente mantém: a higienização, tentar primar por locais abertos, mais ventilados e arejados, isso tudo ainda vale para que a viagem não se torne uma tragédia e você não seja o transmissor para outras pessoas que você vai encontrar na viagem.