O programa IPI Verde, lançado pelo governo para incentivar a compra de veículos menos poluentes, está gerando polêmica após deixar as motocicletas de fora da isenção fiscal. A medida, que visa reduzir as emissões de carbono por meio de incentivos a veículos sustentáveis, gerou perplexidade entre consumidores e especialistas, já que as motos são amplamente utilizadas no transporte urbano brasileiro.
A justificativa para a exclusão, segundo especialistas ouvidos pelo portal G1, está no alto nível de poluentes emitidos pelas motocicletas — especialmente modelos mais antigos que ainda utilizam tecnologias ultrapassadas. Apesar de serem mais econômicas em combustível, seu impacto ambiental permanece elevado.
Com isso, consumidores que esperavam redução nos preços de motos — especialmente os que dependem delas para trabalhar — devem enfrentar dificuldades. O custo de aquisição tende a se manter ou até subir, agravando a situação de quem usa o veículo como principal meio de transporte.
Alternativas sustentáveis e expectativas futuras
Diante da decisão, algumas alternativas vêm ganhando espaço:
- Conversão de motos a combustão em elétricas, com kits oferecidos por empresas especializadas;
- Adoção de modelos mais modernos, com baixa emissão e tecnologias que atendam aos critérios ambientais exigidos pelo IPI Verde.
Há também a expectativa de que o governo, pressionado por diversos setores, revise o programa futuramente para incluir motos elétricas ou movidas a combustíveis alternativos.
Enquanto isso, o IPI Verde já vem proporcionando descontos expressivos em veículos sustentáveis, como mostra a nova tabela de preços divulgada neste mês. A iniciativa também busca alinhar o mercado brasileiro às práticas globais de combate às mudanças climáticas e incentivo à economia verde.
📸 Imagem: Motor1/UOL
📄 Fonte: FDR – Reportagem de Laura Alvarenga
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