O Ministério Público investiga denúncias sobre a qualidade da alimentação servida para adolescentes apreendidos em unidades socioeducativas do estado. O caso já foi parar na Justiça. Os funcionários, que recebem a mesma comida, dizem que os alimentos chegam estragados, crus e algumas vezes com insetos.
A reclamação é sobre as condições da alimentação oferecida tanto para os servidores quanto para os adolescentes que estão no Centro de Internação Dom Bosco, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte.
Conforme apurado, só no primeiro semestre a direção da unidade registrou cerca de 80 ocorrências internas por reclamação na qualidade do alimento. Em março, por exemplo, os servidores encontraram uma pedra misturada no feijão.
Em maio, a Justiça chegou a suspender o contrato entre a empresa fornecedora das marmitas e o governo do estado por causa de situações como presença de lesmas na comida.
Na decisão, o juiz da Vara Infracional, Afrânio José Fonseca Nardy relatou que não havia “respeito, dignidade e, muito menos, preservação da saúde e da salubridade, quando adolescentes mantidos privados de sua liberdade e servidores recebem sistematicamente alimentação imprópria para o consumo humano”.
O Ministério Público informou que as queixas dos funcionários sobre a nova empresa que fornece a alimentação já estão sendo apuradas e que intimou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública a prestar esclarecimentos e a tomar providências sobre a atual situação.
A secretaria declarou que não recebeu a intimação e que algumas denúncias sobre a má qualidade dos alimentos servidos atualmente já estão sendo investigadas. Ela afirmou ainda que os procedimentos administrativos podem gerar multa ou até perda do contrato.
Fonte: Globo Minas.















