Uma mulher com autismo e dificuldades de aprendizagem foi mantida por 45 anos em um hospital psiquiátrico na Inglaterra, desde os sete anos de idade. Durante mais de duas décadas, ela viveu em segregação prolongada, sem contato adequado com outras pessoas.
Autoridades britânicas acreditam que a mulher, cujo nome verdadeiro não foi divulgado para preservar sua identidade, seja originária de Serra Leoa. Ela não se expressa verbalmente e, por isso, enfrentou desafios adicionais dentro da instituição.
O caso veio à tona após um longo processo de nove anos, liderado por uma equipe de especialistas, incluindo uma psicóloga clínica, que lutou por sua libertação. A situação levanta preocupações sobre o sistema de internação de pessoas com deficiência no país.
O Departamento de Saúde e Assistência Social da Inglaterra classificou o caso como “inaceitável” e afirmou que as reformas na Lei de Saúde Mental devem evitar novas internações inadequadas. Atualmente, mais de duas mil pessoas com autismo e dificuldades de aprendizagem permanecem em hospitais psiquiátricos no país, incluindo cerca de 200 crianças.
