Mulher é diagnosticada com câncer raro após sintomas confundidos com azia e resfriado

Por Dentro De Tudo:

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Maeve Fanning, uma inglesa de 38 anos, recebeu o diagnóstico de timoma, um câncer raro, depois que seus primeiros sintomas foram erroneamente interpretados por médicos como um resfriado comum e azia.

Em 2023, Maeve foi diagnosticada com líquen plano oral (LPO), uma doença autoimune inflamatória que afeta a mucosa bucal. Após iniciar o tratamento para as dolorosas aftas, novos sintomas surgiram em outubro de 2024, mas não foram associados a LPO ou câncer.

Os problemas começaram com indigestão e azia intensa, que dificultaram suas refeições durante as férias em família. Ao buscar ajuda médica, recebeu apenas uma receita de antiácidos, mas sem melhora. Logo, começou a tossir, acreditando que se tratava de um resfriado.

O timoma é um tumor raro que se origina das células do timo, uma glândula no tórax relacionada ao sistema imunológico, afetando uma em cada 600 mil pessoas. A doença é mais comum em adultos entre 40 e 60 anos, com leve predominância masculina. Em 20% dos casos, o diagnóstico é associado a síndromes paraneoplásicas.

Conforme os sintomas se agravaram, Maeve percebeu que os tratamentos não estavam funcionando. Poucos dias antes do Natal, ela teve falta de ar após uma intensa tosse, levando a radiografias que mostraram líquido nos pulmões. Os médicos inicialmente temeram um câncer no sangue. O hematologista que a atendeu mencionou que muitos pacientes com timoma têm doenças autoimunes, mas não considerou essa possibilidade para Maeve.

“Quando descobriram o líquido nos meus pulmões e disseram que precisariam iniciar o tratamento imediatamente, meu coração afundou. Dois dos meus filhos fazem aniversário em janeiro, então, após a biópsia, corri para organizar tudo. Recebi a ligação dois dias depois, informando que tinha timoma e precisava ser internada”, compartilhou Maeve em sua página de financiamento coletivo no GoFundMe, criada para ajudar com os custos do tratamento.

O câncer foi diagnosticado em estágio 4, o mais avançado, afetando a pele que cobre os pulmões e o estômago, considerado incurável. Os médicos estimaram que Maeve tem mais dois anos de vida, mesmo com quimioterapia paliativa. Desde o início do tratamento em fevereiro deste ano, ela sentiu que a dosagem era excessiva e seu corpo estava lutando. “Quando fui diagnosticada, meu filho mais novo tinha apenas 18 meses e não sabia se o Natal de 2024 seria o meu último com eles. É uma situação horrível, o pior pesadelo de toda mãe. Por isso, preciso fazer tudo o que puder para garantir que ainda estarei com eles”, enfatizou.

Maeve e sua família estão arrecadando fundos para cobrir os custos do tratamento, que exige viagens frequentes a Londres. Ela também está explorando terapias alternativas como uma última esperança.

Fonte: Metrópoles (https://ift.tt/NHaLe3C)
Foto: Reprodução/GoFundme

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