Camila Gomes, de 43 anos, foi morta na madrugada desta sexta-feira (27/6) após ser brutalmente espancada dentro de casa, no bairro Acaraú, em Cananéia, litoral sul de São Paulo. O suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, que havia sido expulso da residência no dia anterior, após uma discussão.
Horas antes do feminicídio, Camila chegou a acionar a Polícia Militar durante uma briga. Segundo o relato, ela teria pedido que o homem deixasse o local após suspeitar que ele havia voltado a fazer uso de drogas. O agressor, que já havia passado por internação para tratamento de dependência química, reagiu de forma violenta, arremessando o celular da vítima contra a parede.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a mulher trancou o suspeito em um cômodo, mas ele conseguiu sair pela janela. Apesar do tumulto, Camila não registrou queixa formal à PM, que esteve no local.
Na madrugada seguinte, o homem retornou ao imóvel, invadiu a casa pela janela do banheiro e atacou Camila, que estava dormindo. A avó da vítima, que mora na residência, testemunhou o crime e relatou que tentou intervir, mas não conseguiu impedir as agressões devido à idade avançada.
Camila ainda tentou fugir para o quintal, onde foi alcançada e continuou sendo agredida com socos e chutes. Ela foi encontrada agonizando pela polícia, socorrida por uma ambulância e levada ao pronto-socorro, mas não resistiu.
O suspeito foi preso em flagrante horas depois, no centro da cidade, com o celular da vítima em mãos e sinais de estar sob efeito de entorpecentes. Ele já havia cumprido pena por homicídio.
A Polícia Civil de Cananéia investiga o caso como feminicídio.