A disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil cresceu em 2023, com as mulheres ganhando, em média, 20,7% menos que os homens. O novo levantamento, realizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério das Mulheres. A pesquisa foi feita com base em dados de 50.692 empresas com cem ou mais empregados, em conformidade com a lei de igualdade salarial aprovada em 2023.
Em 2022, a diferença salarial era de 19,4%. Apesar do aumento no número de empregos para mulheres, muitas dessas vagas estão em posições que pagam menos, o que ampliou a disparidade. Em 2023, o salário médio das mulheres foi de R$ 3.565,48, enquanto o dos homens foi de R$ 4.495,39. Em cargos de chefia, a diferença foi ainda maior, atingindo 27%.
Além disso, a desigualdade de renda é ainda mais significativa para mulheres negras, que receberam em média 50,2% do que homens brancos no Brasil. O ganho médio das mulheres negras foi de R$ 2.745,76, enquanto o dos homens brancos foi de R$ 5.464,29.
O governo pretende trabalhar com empresas para compartilhar boas práticas e, caso não publiquem os relatórios de transparência salarial exigidos por lei, aplicar multas administrativas de até 3% da folha de pagamento.
Fonte: Agências
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