Não há porção segura para consumo de carne ultraprocessada, diz estudo

Por Dentro De Tudo:

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Uma boa alimentação é essencial para fortalecer a imunidade, prevenir doenças e aumentar a disposição. No entanto, especialistas reforçam que dietas equilibradas devem evitar os alimentos ultraprocessados, especialmente as carnes processadas, devido aos riscos associados à saúde.

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revisaram 78 estudos e constataram que o consumo diário de apenas uma porção de carnes ultraprocessadas — como presunto, salsicha, mortadela, bacon e salaminho — já pode aumentar significativamente o risco de doenças como câncer de intestino e diabetes tipo 2. O estudo foi publicado no fim de junho na revista Nature Medicine.

Esses produtos passam por técnicas como defumação, cura e adição de conservantes como nitritos e nitratos, que aumentam a validade, mas estão associados a inflamações e alterações no metabolismo.

Riscos já com pequenas quantidades

Segundo o levantamento, consumir de 0,6 g a 57 g de carne ultraprocessada por dia eleva em pelo menos 11% o risco de diabetes tipo 2. Já para câncer de intestino, o risco sobe em 7% com a ingestão diária de 0,78 g a 55 g. Mesmo parecendo percentuais pequenos, os cientistas afirmam que os dados são conservadores e o risco real pode ser ainda maior.

Outros ultraprocessados também são perigosos

Além das carnes, o estudo também analisou outros produtos industrializados. O consumo diário de bebidas açucaradas aumentou em 8% o risco de diabetes e em 2% o risco de doenças cardíacas. Já alimentos com gorduras trans elevaram em 3% a chance de doenças isquêmicas do coração.

Diante dos resultados, os autores alertam: “Não há uma quantidade ‘segura’ de carne processada quando se trata do risco de diabetes ou câncer intestinal”.

Como identificar os ultraprocessados

A classificação dos alimentos, desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), divide-os em quatro grupos:

  • Grupo 1 – In natura ou minimamente processados: arroz, feijão, leite, ovos, frutas e carnes frescas.
  • Grupo 2 – Ingredientes culinários processados: sal, açúcar e óleos.
  • Grupo 3 – Processados: alimentos com adição de ingredientes do grupo 2, como queijos e pães.
  • Grupo 4 – Ultraprocessados: produtos industrializados ricos em sódio, gordura e açúcar, como embutidos, salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.

Especialistas recomendam que a base da alimentação venha dos grupos 1 e 2, com consumo mínimo de alimentos ultraprocessados.

Foto: Getty Images / Reprodução

Fonte: Metrópoles – Nature Medicine

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