Beber água é essencial para o bom funcionamento do organismo, mas a ideia de que todos devem consumir exatamente dois litros por dia, o equivalente a seis a oito copos, não tem respaldo científico. A recomendação, popularizada ao longo do século XX, foi impulsionada por campanhas de saúde e interesses comerciais, mas hoje é considerada um mito.
A quantidade ideal de água varia de pessoa para pessoa, levando em conta fatores como peso, nível de atividade física, alimentação, clima e metabolismo. Uma fórmula simples sugere o consumo de 35 ml de água por quilo de peso corporal. Dessa forma, uma pessoa de 70 kg, por exemplo, precisaria de aproximadamente 2,45 litros de água por dia. Essa conta inclui também a água presente nos alimentos, como frutas, vegetais e sopas.
Pesquisas apontam que não existe uma quantidade fixa e que o mais seguro é seguir os sinais naturais do corpo: beber quando sentir sede. O corpo humano é eficiente em indicar quando precisa ser reidratado, e forçar o consumo excessivo pode ser prejudicial.
Exagerar na ingestão de água pode causar um desequilíbrio conhecido como hiponatremia, quando o sódio do sangue é diluído em excesso. Isso pode levar a sintomas como dores de cabeça, náuseas, confusão mental e, em casos graves, convulsões ou coma. Urinar com muita frequência, apresentar urina totalmente incolor e sensação constante de sede podem ser sinais de excesso.
O ideal é consumir água aos poucos, distribuída ao longo do dia, e ajustar essa ingestão conforme as necessidades do corpo e da rotina de cada um. Hidratar-se com consciência e equilíbrio é a melhor escolha.
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Fonte: fdr.com.br
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