A estiagem prolongada, que já dura cinco meses, fez com que o nível do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água na Grande Belo Horizonte, caísse quase 30%. O volume de água nas represas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores em setembro é o mais baixo dos últimos quatro anos, atingindo 64,3%, comparado a 89,2% em abril. Apesar da queda, a Copasa garante que não há risco de desabastecimento, mas reforça a necessidade de um consumo consciente.
Especialistas, como Apolo Heringer, fundador do Projeto Manuelzão da UFMG, alertam que o problema vai além da seca. Segundo ele, o uso excessivo da água e atividades como agronegócio e mineração estão causando uma “seca subterrânea”, esgotando aquíferos e impactando o abastecimento dos rios e reservatórios.
Enquanto a situação hídrica preocupa, a Copasa destaca atitudes simples para economizar água, como reduzir o tempo de banho, evitar lavar calçadas e carros com mangueira, e reutilizar água da máquina de lavar.
A crise também atinge o Rio de Janeiro, onde 2 milhões de pessoas estão sendo afetadas pela redução na captação de água devido à seca dos rios. A Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) pede o uso consciente da água.
Fonte: Hoje em Dia
Foto: Acervo Copasa – MG
