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Novas rotas, reformas e o dobro de lojas: o que Confins planeja para voar ainda mais alto em 2022

Por Dentro De Tudo:

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Depois de amargar uma queda brutal no movimento por conta da pandemia de Covid-19 – o fluxo caiu de 1 milhão de passageiros por mês para 30 mil, em abril de 2020, auge da contaminação –, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, está, como diz o jargão, pronto voos ainda mais altos do que antes do cenário pandêmico.

Faz parte do plano de expansão do terminal a implantação de novas rotas e a inauguração, até o final do ano, de novas operações comerciais, na esteira da chegada, no ano passado, da primeira unidade da Starbucks em Minas e ainda outras marcas de peso como Nescafé, Track & Field, Cacau Show, Havaianas e Living Heineken. “A Covid-19 refletiu no nosso negócio e impactou a movimentação, mas toda essa crise também contribuiu para uma mudança de mindset, ampliou a nossa visão como organização e, certamente, caminhamos para nos tornar cada vez melhores, mais seguros e mais eficientes”, aposta o CEO da BH Airport, Kleber Meira, à frente das operações em Confins desde dezembro de 2020, depois de passagens por empresas como Shell, Grupo Libra e Intelig Telecom, além da própria CCR Aeroportos, a concessionária que administra Confins, onde foi superintendente de Novos Negócios.

Queda repentina e acentuada no movimento, vigilância nos cuidados sanitários, assertividade na logística de vacinas, pressão comercial. Em quais momentos a pandemia pareceu uma distopia sem fim na rotina do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte?
Desde que a pandemia começou, trouxe muitas incertezas para todos os setores da economia. Posso dizer que 2020 foi um ano extremamente desafiador para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Vínhamos de um 2019 super positivo, em que alcançamos a movimentação de cerca de 11 milhões de passageiros ao longo do ano. Caminhávamos a passos largos para um 2020 de resultados favoráveis. A Covid-19 refletiu no nosso negócio e impactou a movimentação, sobretudo em abril e maio de 2020. Para se ter uma ideia, tivemos fluxo de cerca de 30 mil passageiros em todo o mês de abril, um volume que tínhamos diariamente antes da pandemia. Mas toda essa crise também contribuiu para uma mudança de mindset, ampliou a nossa visão como organização e, certamente, caminhamos para nos tornar cada vez melhores, mais seguros e mais eficientes. Fechamos 2020 com movimentação de cerca de 5 milhões de pessoas e 2021 com cerca de 7 milhões, em uma retomada gradual e segura para passageiros, visitantes e comunidade aeroportuária. Seguimos atentos às medidas de prevenção e combate à Covid-19 recomendadas pelas autoridades de saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Tendo como pressuposto que o pior da pandemia já passou, qual a expectativa de movimento para este ano?
Estamos acompanhando de perto os indicadores de saúde e os dados epidemiológicos do país, sobretudo relacionados à variante Ômicron. Seguimos confiantes que a vacina contra a Covid-19 e demais protocolos para combate à doença irão contribuir para a melhoria do cenário. Estamos atentos a toda a situação e otimistas. Se pensarmos que o pior já passou e que o panorama será mais favorável para o país em relação à doença, nossa expectativa é fechar o ano de 2022 com a movimentação de mais de 10 milhões de passageiros. 

Em termos de rotas e destinos atendidos, como está hoje posicionado o aeroporto e o que prevê o projeto de expansão?
Fechamos 2021 com 45 destinos nacionais e internacionais atendidos, o mesmo número que tínhamos pré-pandemia. Já tivemos a retomada dos voos da TAP para Portugal e da Copa para a Cidade do Panamá. Estamos também confiantes no retorno dos voos da Azul para Buenos Aires, Orlando e Fort Lauderdale, que ainda estão suspensos pela companhia aérea. Temos um time experiente no comando dessa área e estamos sempre em busca de ampliar a conectividade de Minas com o Brasil e também com o mercado internacional. Em fevereiro, por exemplo, estaremos na Routes America, nos Estados Unidos, o principal fórum de desenvolvimento de rotas para as Américas. A ideia é mostrar a relevância do Estado e também do nosso aeroporto ao participar de discussões com os principais players do segmento. Outras conversas estão acontecendo e, em breve, teremos novidades a serem divulgadas.

Sobre as reformas no Terminal de Passageiros, em que pé estão? O que está previsto em termos de conforto e infraestrutura? Quanto está sendo investido?
As obras do Terminal de Passageiros 1 seguem em andamento. O projeto de modernização prevê a ampliação das áreas comerciais, assim como a revisão dos fluxos e processos – que englobam raio-X, check-in, restituição de bagagens, salas e portões de embarque. O objetivo é oferecer ainda mais conforto e comodidade a passageiros, visitantes e toda a comunidade aeroportuária, bem como ampliar as áreas comerciais no terminal em mais de 100%. Com a reforma, o aeroporto entra em um novo patamar de excelência. Além de melhorar significativamente a eficiência operacional, as intervenções vão permitir que as pessoas tenham a melhor experiência ao circular pelo terminal, bem como mais opções de compras. Os investimentos na reforma são da ordem de R$ 100 milhões e vão contribuir para fortalecer o papel do aeroporto como indutor do crescimento e desenvolvimento socioeconômico do Estado. 

O Aeroporto Internacional de BH recebeu, recentemente, a primeira unidade da cafeteria Starbucks em Minas, entre outras operações. O que mais vem por aí em 2022?
O aeroporto pretende se transformar em uma espécie de shopping center, atraindo inclusive um público que não necessariamente vai embarcar? Apesar dos impactos globais trazidos pela pandemia, conseguimos superar as adversidades e inauguramos 16 novas operações em 2021, o que demonstra a confiança dos empresários na gestão do aeroporto e também na retomada das operações. Nescafé, Track&Field, Maybelline, Living Heineken, GoBox, Budweiser, O’Gin, Fiber Knit, Cacau Show e Pandora são algumas das marcas que passaram a fazer parte do mix de operações. A primeira loja de Minas Gerais da Starbucks também foi inaugurada em 2021 e, agora, já são três lojas da marca no aeroporto. Para 2022, já temos boas expectativas de lançamento. No primeiro semestre, estão previstas as inaugurações do La Vinícola, Pizza Hut, Rokkon e também de uma lotérica no terminal. Outras negociações também estão em andamento.

Com a aquisição, pela CCR Aeroportos, do direito de exploração do Aeroporto da Pampulha, os dois principais terminais da capital mineira passaram a ter o mesmo controlador. Em entrevista ao Hoje em Dia em 11/10/2021, a CEO da CCR Aeroportos, Cristiane Gomes, declarou que “existe uma importante sinergia na gestão dos dois aeroportos, desde as atividades comerciais aeroportuárias e não aeroportuárias”. Já dá para saber, na prática, como o Aeroporto Internacional de BH e Pampulha irão dialogar?
Muito antes do leilão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em 2014, já se concebia que o Aeroporto da Pampulha deveria operar de forma harmônica e complementar ao Aeroporto Internacional de BH, tornando Pampulha, inclusive, o mais importante aeroporto de aviação executiva do Brasil. E, agora, com essa complementaridade garantida por essa licitação, um ciclo se fecha e uma nova oportunidade se abre para o desenvolvimento da infraestrutura do nosso Estado. 

O Aeroporto Internacional de BH foi eleito o melhor do país na última Pesquisa Nacional de Satisfação do setor, referente ao terceiro trimestre de 2021, com nota geral 4,5 em uma escala de 1 a 5, enquanto a média dos demais aeroportos da mesma categoria chegou a 4,39. O que levou o aeroporto a esse resultado e o que falta para chegar a 5?
Estamos empenhados em oferecer a melhor experiência aos passageiros. Ao longo desses sete anos de concessão, investimos em ações para melhorar ainda mais a jornada das pessoas no nosso terminal e seguimos em destaque entre os melhores aeroportos do país. Quem passa por aqui percebe nitidamente a melhoria na qualidade e no serviço oferecido. Atualmente, nós temos uma operação de classe mundial. Queremos ser muito mais que um local de chegadas e partidas, mas um espaço de boas experiências para o público que vai viajar e também para moradores da região.

 

 

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