Em Minas Gerais, a violência patrimonial contra mulheres atinge números alarmantes, com uma média de nove casos registrados diariamente em 2024. De janeiro a agosto, já foram contabilizados 4.421 casos, quase igualando os 4.500 registros do mesmo período no ano anterior. Em 2023, o total de casos chegou a 6.684, evidenciando a gravidade do problema.
A violência patrimonial envolve condutas que incluem a subtração, retenção ou destruição de bens, recursos e documentos das vítimas, e a maioria dos agressores são companheiros ou ex-companheiros das mulheres. A delegada Karine Tassara, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Belo Horizonte, destaca que muitas vezes o abuso é disfarçado por atitudes carinhosas, o que dificulta o reconhecimento do crime por parte da vítima.
Casos como o de Magali* (nome fictício), que foi levada a contrair dívidas para satisfazer os pedidos do ex-companheiro, são exemplos desse tipo de violência. Além disso, situações em que o homem impede a mulher de trabalhar ou camufla bens durante um processo de separação são comuns.
Especialistas ressaltam a importância de prestar atenção aos sinais dados por pessoas próximas e buscar ajuda para identificar e sair dessa situação. A Polícia Civil de Minas Gerais incentiva as vítimas a registrarem boletins de ocorrência, o que pode resultar em medidas protetivas e investigações criminais.
Fonte: Juliana Siqueira, O TEMPO.
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