A partir de maio, o Sistema Único de Saúde (SUS) começará a substituir o tradicional papanicolau por um exame molecular para detecção do HPV, vírus responsável por quase todos os casos de câncer do colo do útero. A nova testagem utiliza a análise de DNA do vírus e permite a autocoleta, dando à mulher a possibilidade de realizar a coleta do material em casa com o uso de um swab (cotonete), de forma simples e segura.
O exame molecular tem maior sensibilidade, oferecendo diagnósticos mais precisos e rápidos. Além disso, em caso de dois resultados negativos, o intervalo para a repetição do teste pode ser de até cinco anos, o que representa um avanço no rastreamento da doença.
A tecnologia deve facilitar o acesso de mulheres que vivem em regiões remotas e com menos estrutura de saúde, permitindo maior cobertura e monitoramento dos casos. O Ministério da Saúde prevê alcançar mais de 400 mil mulheres na primeira fase de implementação. Em caso positivo para HPV, o exame tradicional ainda será necessário como complemento.
Para que o novo modelo funcione de forma eficiente, especialistas destacam a importância de investimentos em campanhas educativas, distribuição de kits e reforço da estrutura de saúde em todas as regiões do país. A vacinação contra o HPV também segue como uma ferramenta essencial na prevenção primária do câncer do colo do útero.
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Fonte: Jornal O Tempo