quarta-feira, 24 de abril de 2024

Contato

Número de autônomos cresce, mas renda diminui 27% em Minas

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Os trabalhadores por conta própria são o motor da retomada da ocupação dos brasileiros após o baque registrado no início da pandemia, mas encontram um cenário de precarização. Longe do sonho de empreender por opção e assistir ao negócio deslanchar, quem começou um negócio próprio nos últimos dois anos no Brasil tem uma renda 30,1% menor dos autônomos que estavam no mercado antes disso e tende a ter menos direitos trabalhistas, pois a formalização diminuiu. Em Minas Gerais, a situação se repete e a renda dos novos autônomos é 27,4% menor do que a de quem trabalhava por conta própria desde antes da pandemia. Só no Estado, .  

O cenário é de precarização do mercado, segundo um . Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ele contabiliza que o número de ocupados no país já havia retornado ao patamar de 2019 no final de 2021, com acréscimo de 0,2%. Já o aumento de trabalhadores autônomos no mesmo período aumentou 6,6%, 33 vezes mais. Essa massa de trabalhadores não é, em geral, de empresários com negócios consolidados ou com alta qualificação, e a média de renda mensal é de R$ 1.434 — antes da pandemia, a média era R$ 2.074. Em Minas, era R$ 1.999 e passou para R$  1.451.  

Três em cada quatro trabalhadores que passaram a trabalhar por conta própria desde a pandemia não tinham CNPJ nem contribuíam para a Previdência. Entre os autônomos mais antigos, o índice também é alto, mas é menor e a informalidade é de três em cada cinco. Hoje diarista e, antes, vendedora de doces, Daiana Soares diz que acha importante contribuir com a Previdência, mas não tem planos de fazer isso no futuro próximo. “Preocupar, eu me preocupo, mas não tenho condições de pagar, não”, diz. 

O cadastro de microempreendedor individual (MEI) garante direitos como auxílio-doença e salário-maternidade, sob uma taxa de até R$ 66,60 mensais

A analista do Sebrae Minas Laurana Viana destaca que, além da formalização, é necessário que o trabalhador invista na profissionalização do negócio. “A capacitação, e existem vários cursos gratuitos, não pode ser entendida como perda de tempo, ela é investimento de tempo. Também é muito importante planejar. Hoje, não posso abrir um negócio com a mentalidade de pré-pandemia, porque os negócios online, por exemplo, vieram para ficar”, resume.

Fonte: O Tempo.

Encontre uma reportagem

Aprimoramos sua experiência de navegação em nosso site por meio do uso de cookies e outras tecnologias, em conformidade com a Política de Privacidade.