Nos últimos 12 anos, o número de praças de pedágio em Minas Gerais aumentou 461%, saltando de 13 para 73 pontos de cobrança. Este crescimento foi impulsionado por um processo de concessões rodoviárias, com a maioria dos contratos firmados a partir de 2018. Entre as novas concessões, estão os trechos sob gestão da iniciativa privada, que agora somam mais de 3.000 km de rodovias no estado, abrangendo tanto concessões federais quanto estaduais.
As novas praças de pedágio estão distribuídas em diversas rodovias importantes, como a BR-040, entre Belo Horizonte e Goiás, e a BR-262, que vai de Uberaba a Betim. Além disso, está prevista a instalação de mais praças nos próximos anos, com estimativas de aumento no número de pontos de cobrança até 2025, com destaque para a implementação do modelo “free flow”, que utiliza pórticos automáticos para a cobrança de tarifas, sem a necessidade de redução de velocidade dos veículos.
A justificativa para o aumento das concessões é a necessidade de investimentos na manutenção das rodovias, que, segundo especialistas, não podem ser supridos apenas pelo orçamento público. Contudo, o modelo tem gerado resistência entre a população e deputados estaduais, que questionam a viabilidade dos pedágios e os valores cobrados, principalmente em regiões metropolitanas.
Em resposta a essas críticas, o governo estadual argumenta que as concessões são uma solução para a deterioração das estradas e para garantir a segurança e fluidez do trânsito. Porém, o impacto financeiro da cobrança tem afetado moradores e motoristas que, em alguns casos, enfrentam aumentos no custo do transporte diário.
Com a expansão dos pedágios, as discussões sobre a eficiência do modelo de concessão continuam a aquecer o debate político e social em Minas Gerais.
Crédito da foto: Túlio Thales/Divulgação – 6.3.2025
Fonte: O TEMPO