O número de mineiros que moram sozinhos quase dobrou nos últimos 12 anos, refletindo uma mudança cultural significativa em Minas Gerais e no Brasil. Em 2010, o estado registrava 783,5 mil domicílios com uma única pessoa; em 2020, esse número chegou a 1,5 milhão. Essa tendência de individualização também foi observada em nível nacional, com o número de domicílios unipessoais passando de 6,9 milhões para 13,7 milhões, um aumento de 98,5%.
Especialistas apontam que o “movimento single”, que enfatiza a busca por autonomia e liberdade, tem ganhado força devido a mudanças sociais e culturais. Para muitas pessoas, morar sozinho se tornou um símbolo de independência, especialmente após a pandemia, que normalizou a solidão para muitos.
Além disso, a renda e o envelhecimento populacional têm influenciado esse comportamento. Idosos, por exemplo, têm aprendido a valorizar a própria companhia, com um aumento significativo do número de pessoas com 60 anos ou mais morando sozinhas.
A mudança de mentalidade também pode ser observada entre jovens, que buscam a independência com mais facilidade, motivados pelo desejo de conforto e liberdade.
Fonte: O Tempo | Foto: Alex de Jesus
