Em meio ao aumento dos casos de intoxicação por metanol no país, as forças de segurança de Minas Gerais intensificaram, nesta semana, uma série de operações que resultaram em seis prisões e na apreensão de milhares de garrafas de bebidas adulteradas. A ação expôs a existência de fábricas clandestinas montadas dentro de residências e estabelecimentos comerciais usados para falsificação.
Na última segunda-feira (6), a Polícia Militar apreendeu mais de 100 caixas de cerveja falsificadas em um imóvel no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O local era utilizado para a troca de rótulos e adulteração de embalagens, prática que colocava em risco a saúde dos consumidores.
No mesmo dia, a Polícia Civil descobriu uma fábrica clandestina de cachaça dentro de uma casa no Barreiro, em Belo Horizonte. O local funcionava em condições insalubres, com bebidas armazenadas em caixas d’água e galões, e o uso de uma substância escura para simular o envelhecimento em barris de carvalho. Mais de 1.600 garrafas foram apreendidas, e um homem acabou preso em flagrante.
Também na segunda-feira, em Bom Jesus da Penha, no Sul de Minas, mais de cem garrafas de bebidas suspeitas foram apreendidas em um comércio local. Os proprietários foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.
As ações continuaram ao longo da semana. Na terça-feira (7), um bar foi interditado em Esmeraldas, na Grande BH, durante operação conjunta da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária. No local, havia 150 bebidas com indícios de falsificação, cervejas vencidas e cigarros sem registro de procedência. Uma mulher foi presa e uma adolescente apreendida.
Na quarta-feira (8), dois homens foram detidos e 60 litros de bebida semelhante à cachaça foram apreendidos em uma distribuidora, novamente na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Por fim, na sexta-feira (10), a Polícia Militar localizou um galpão em São José da Lapa, também na Região Metropolitana, onde rótulos de cervejas baratas eram trocados por marcas mais caras. Duas pessoas foram presas em flagrante.
As operações fazem parte de um esforço das autoridades mineiras para combater o avanço da adulteração de bebidas e evitar novas vítimas de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que tem causado mortes em diferentes regiões do Brasil.
Crédito: Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais
Fonte: g1 Minas