Pequena em tamanho, mas com grande importância para o corpo, a tireoide é uma glândula em formato de borboleta localizada na parte anterior do pescoço, junto à traqueia. Responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, ela influencia funções vitais como batimento cardíaco, funcionamento do intestino, ciclo menstrual, concentração e memória.
De acordo com o endocrinologista Gustavo Penna, professor da Faculdade de Medicina da UFMG, quando há produção excessiva de hormônios, ocorre o hipertireoidismo, que acelera o metabolismo. Já a produção insuficiente caracteriza o hipotireoidismo, que provoca lentidão nas funções do organismo. Em ambos os casos, a principal causa costuma ser a ação de anticorpos produzidos pelo próprio corpo, caracterizando doenças autoimunes.
Entre as condições que podem acometer a glândula estão o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e os nódulos, que em raras situações podem evoluir para câncer de tireoide. Os sintomas variam: no hipertireoidismo podem surgir taquicardia, tremores, perda de peso e alterações nos olhos; já no hipotireoidismo são comuns fadiga, constipação intestinal, queda de cabelo, alterações menstruais e unhas quebradiças.
Segundo especialistas, fatores como histórico familiar, sexo feminino e idade avançada aumentam os riscos. O tratamento depende do diagnóstico: pode incluir reposição hormonal com comprimidos, medicamentos que reduzem a produção dos hormônios, iodo radioativo ou até cirurgia. No caso de nódulos, a avaliação médica é essencial para indicar exames complementares e definir a necessidade de acompanhamento ou intervenção.
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Fonte: Rádio Itatiaia