Olhos na tela e ouvidos ligados no alarme: bombeiros se dividem entre a estreia do Brasil na Copa e chamados de ocorrência

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Quando a seleção brasileira entrou em campo contra a Sérvia, no Catar, às 16h no horário de Brasília, apenas dois militares do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, estavam diante da TV, instalada no refeitório da unidade, para assistir à partida.

Parte da equipe estava trabalhando, atendendo uma pessoa que tinha caído na rua, no bairro Buritis, na Região Oeste da capital. Outra parte chegou poucos minutos antes do início do jogo, depois de atender a chamados de menor complexidade. Havia, ainda, militares responsáveis pela segurança interna do batalhão. 

Ao longo do primeiro tempo, a sala foi ficando mais cheia. Olhos na tela, ouvidos atentos: são avisos sonoros que indicam a chegada de novas ocorrências e que tem gente precisando dos bombeiros na rua. 

Em dias de jogos do Brasil, com a cidade movimentada e o alto consumo de bebida alcoólica, a expectativa é que os chamados aumentem após o apito final.

Aos 35 minutos do primeiro tempo, pouco depois de o atacante Raphinha perder uma chance de gol em campo, a soldado Larissa Andreata, que atendia a ocorrência no Buritis, chegou ao batalhão. Apaixonada por futebol, ela jogou bola até os 17 anos. Esta é a primeira copa dela como militar.

“Fica aquele apertinho no coração, para falar a verdade, porque eu sou maluca por futebol. Vibro nos jogos. Coloco verde e amarelo no corpo inteiro. A bandeira está no bolso. Nas outras copas, eu ia para a rua. Todo jogo do Brasil eu ficava sem voz. Hoje já acordei ansiosa”, contou.

O plantão da equipe vai até as 8h de sexta-feira, e a soldado torce para que seja tranquilo, assim como a trajetória da seleção brasileira na competição.

Fonte: Globo minas. Foto: Rafaela Mansur/g1

Encontre uma reportagem