A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta 4ª feira (1º.dez.2021) que a variante ômicron do coronavírus deve desencadear um aumento de infecções pela doença. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, o aumento de casos de covid-19 “não surpreende [a organização]” pela baixa cobertura vacinal em alguns países.
Segundo informações preliminares da OMS, divulgadas em conferência, a nova variante é mais transmissível e pode aumentar o risco de reinfecção.
A nova cepa apresenta mais de 30 mutações na proteína spike, responsável pela entrada do vírus nas células humanas. Mais de 27 países registraram casos de infecção pela ômicron até o momento.
A líder técnica de covid-19 da organização, Maria Van Kerkhove, afirma esperar a divulgação de “novas informações sobre a transmissibilidade” da cepa nos próximos dias.
Segundo a OMS, os Estados-membros estão dialogando sobre eventual acordo que ofereça mecanismos para os países combaterem futuras pandemias.
RISCO ELEVADO
Em comunicado técnico divulgado na 2ª feira (29.nov.2021), a OMS afirmou que a nova variante representa um risco muito elevado para todos os países.
“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, disse.
BRASIL
Nesta 4ª feira (1º.dez.2021), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que “o momento é de cautela” com a nova variante ômicron do coronavírus.
A agência pediu que a população se vacine e continue com as medidas preventivas contra a covid-19, como uso de máscaras e distanciamento social.
“As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a covid-19”, disse o órgão. Eis a íntegra (81 KB) do comunicado.
O Brasil já registrou 3 infectados pela variante. Todos no Estado de São Paulo. Os 2 primeiros foram confirmados na 3ª feira (30.nov) e o 3º nesta 4ª. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo também tem casos suspeitos da cepa.