fbpx

Onda de calor: cidade de MG terá 70 dias de calor perigoso até 2050

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Um levantamento global da ONG CarbonPlan com o jornal norte americano The Washington Post sobre dados climáticos revelou que cidades de Minas poderão ter até 70 dias de calor altamente perigoso até 2050. Entre as cidades mais populosas do estado, Governador Valadares, na Região do Rio Doce Mineiro, lidera a lista justamente com 70 dias de calor intenso até 2050.

 

A região do Rio Doce domina o ranking com Ipatinga, que terá 39 dias de calor altamente perigoso até 2050; e Coronel Fabriciano, com 36 dias. Seguindo a lista, o município de Teófilo Otoni, na Região do Mucuri, vizinho do Rio Doce, terá 16 dias. Empatados com 9 dias estão a cidade de Muriaé, na Zona da Mata e Curvelo, na Central Mineira.

 

No Triângulo, a cidade de Uberlândia terá 8 dias; e Uberaba, 4 dias. E a capital mineira, Belo Horizonte, terá apenas um dia extremamente quente até 2050.    

Brasil

No Brasil, a capital paraense terá mais de meio ano com temperatura mínima de 32ºC até daqui a 27 anos. Mas não é a maior do país entre as capitais. A cidade de Manaus, no Amazonas, lidera com 258 dias extremamente quentes até 2050.

 

A Região Norte domina a lista das dez maiores do país, com os seis primeiros. As regiões do Centro-Oeste e Nordeste fecham o ranking. 

 

Confira os dez maiores 

 

Manaus, Amazonas – 258 diasBelém, Pará – 222 dias Porto Velho, Rondônia – 218 diasRio Branco, Acre – 212 diasBoa Vista, Roraima – 190 diasMacapá, Amapá – 185 diasCuiabá – Mato Grosso 168 diasPalmas, Tocantins – 158 diasTeresina, Piauí – 155 diasSão Luís, Maranhão – 83 dias

 

Como funciona o cálculo

Segundo o CarbonPlan, a pesquisa calculou uma forma aproximada de “temperatura de globo de bulbo úmido”, uma métrica que combina temperatura, umidade, luz solar e vento. Eles utilizaram a temperatura mínima de 32ºC para delinear um calor extremamente arriscado que prejudica o corpo humano.

 

Nos dias apontados, mesmo adultos saudáveis %u200B%u200Bque praticam atividades ao ar livre por mais de 15 minutos por hora podem sofrer estresse térmico; muitas mortes ocorreram em níveis muito mais baixos, alerta a ONG.

 

Os mais prejudicados

O levantamento afirma que o impacto do calor extremo será agravado pela desigualdade social. “Embora certas partes dos países ricos registram um aumento dentro de alguns dias, a maior parte do perigo surgirá nos países pobres, em regiões já quentes, como o Sul da Ásia e a África Subsariana, que carecem de ar condicionado generalizado e de outras vantagens, como sistemas avançados de cuidados de saúde”, apontam. 

Encontre uma reportagem