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Operação da Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em Lagoa Santa, Neves, BH e Santa Luzia

Por Dentro De Tudo:

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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (30), seis mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (3), e em Ribeirão das Neves (1), Igarapé (1) e Lagoa Santa (1), na Região Metropolitana.

De acordo com a PF, a Operação Reborn teve como objetivo combater crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e produção de documentos falsos.

As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara da Subseção Judiciária da Justiça Federal, em Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, e também são cumpridas em Divinópolis (MG); São Paulo (SP) e Votorantim (SP); Florianópolis (SC) e São José (SC); e Vila Velha (ES).

Cerca de 70 policiais e servidores federais trabalharam na ação.

Operação Reborn foi realizada pela Polícia Federal — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Investigações

Ainda segundo a PF, as investigações, que duraram 18 meses, começaram no fim de 2019 a partir da análise de documentos apreendidos durante a Operação Stellio, que descobriram fraudes no saque de créditos de precatórios judiciais por meio de procurações falsas.

A partir daí, surgiram indícios de que, além de procurações, certidões de nascimento falsas eram lavradas pela responsável de um cartório de registro civil no Norte de Minas, em Luislândia. O delegado da PF Thiago Garcia Amorim informou que cada uma custava em torno de R$ 2 mil e que dezenas foram falsificadas.

Amorim disse que um policial civil que trabalha no setor de emissão de documentos no governo estadual é suspeito de fazer parte da organização criminosa. Por nota, a corporação afirmou que “adota todas as providências criminais e administrativas cabíveis”.

Em posse delas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxilio emergencial.

A PF constatou que o perfil dos beneficiários desses documentos falsos era de foragidos da Justiça, pessoas com extensa ficha criminal, golpistas alvos de diversas demandas na Justiça Cível por prática de pirâmide financeira e imigrantes ilegais oriundos de países árabes – todos buscando nova identidade para se furtar dos comprometimentos jurídicos que recaiam sobre os verdadeiros nomes.

A corporação apurou também que um brasileiro, com cidadania norte-americana e procurado pela Interpol por condenação a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos, estava vivendo em Florianópolis (SC), com uma dessas identidades falsas.

Documentos de identificação obtidos mediante fraude também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras brasileiras.

Amorim explicou ainda que os suspeitos podem ser indiciados por estelionato, associação criminosa e falsificação de documento público. Quatro deles ainda são investigados por sacar irregularmente parcelas do auxílio emergencial.

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