Treze pessoas foram presas suspeitas de participar de um esquema de fraude eletrônica em caixas 24 horas durante uma operação da Polícia Civil realizada nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025. Segundo a polícia, os criminosos teriam causado um prejuízo de cerca de R$ 8 milhões. As prisões ocorreram nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia.
Os nomes dos investigados não foram divulgados, o que impossibilitou o contato da reportagem com a defesa deles. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 13 mandados de busca domiciliar, onde foram apreendidos cartões, celulares e até uma máquina de contar cédulas. Os equipamentos foram levados para a delegacia, onde passaram por perícia.
Os crimes ocorreram em um período de 9 horas, entre a virada de outubro e novembro de 2024. Conforme a investigação, o grupo atuava de forma calculada, aproveitando-se de uma vulnerabilidade no sistema de segurança do banco no processo de saque via QR Code em caixas do Banco24Horas. Ao todo, os suspeitos realizaram saques fraudulentos em 285 ocasiões diferentes, resultando em um prejuízo milionário para a instituição bancária.
De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), o grupo se aproveitava de uma brecha no sistema que permitia a retirada de dinheiro em espécie sem que o valor fosse debitado das contas digitais. Com isso, os investigados realizavam múltiplos saques, o que gerou prejuízos significativos às instituições bancárias. A delegada Bárbara Natal Buttini, responsável pela investigação, destacou que os integrantes do grupo faziam transações financeiras entre si para viabilizar os saques irregulares.
A delegada afirmou que a polícia não tolera fraudes milionárias que colocam em risco a confiança no sistema financeiro. Além disso, foi ressaltado que as transações ocorriam exclusivamente por meio de dispositivos vinculados às contas dos investigados, o que afasta a possibilidade de prejuízo a pessoas comuns não envolvidas no esquema. A pena para o crime de furto qualificado mediante fraude eletrônica pode chegar a onze anos de reclusão, segundo a Polícia Civil.
Crédito da foto: Divulgação/Polícia Civil
Fonte: g1