Operação prende dois suspeitos de vender e compartilhar pornografia infantojuvenil no exterior; Mandados de busca e apreensão aconteceram em Lagoa Santa

Por Dentro De Tudo:

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Uma operação nacional realizada em dez cidades mineiras terminou com duas pessoas presas, suspeitas de venderem e compartilharem, internacionalmente, conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes. Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início após uma notificação da embaixada dos Estados Unidos. A operação, feita em parceria com o Ministério da Justiça, é um desdobramento de uma outra ação, realizada em outubro deste ano, que terminou com 22 pessoas presas em flagrante, em 13 estados. 

Dois homens, de 45 e 51 anos, foram presos em uma operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no ambiente virtual. As prisões foram em João Pinheiro Montes Claros. Na ação, equipes policiais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em dez cidades mineiras, como Belo Horizonte, Araxá, Juiz de Fora, Lagoa Santa, entre outras.

A operação teve como ponto de partida informações prestadas pela agência de segurança da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, que constatou que um grupo estaria comercializando e compartilhando imagens de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, como explica a delegada Cristiane Angelini. 

‘A ação teve como ponto de partida informações prestadas pela Homeland Security Investigations, da embaixada dos Estados Unidos em Brasília e, com base nas investigações, feitas anteriormente na África do Sul. As investigações iniciaram lá como um grupo Internacional que estaria usando um determinado aplicativo e comercializando e compartilhando imagens de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Foram identificados alvos no Brasil inteiro, dentre esses alvos, alguns estavam em Minas Gerais. ‘ 

Nos endereços vinculados aos investigados presos, foram apreendidos seis celulares e computadores. A delegada explica que o material será periciado pelo Laboratório de Crime Cibernético. 

‘Pela rede mundial de computadores, através de um aplicativo, eles compartilhavam e vendiam essas fotos. Entre dois dos nossos alvos, um deles é suspeito de comercializar e foi encontrado uma grande quantidade de material. Estes objetos vão ser periciados pelo nosso laboratório para verificar e materializar todo o conteúdo encontrado nesses aparelhos eletrônicos. Pode-se dizer que um desses alvos foi encontrado com grande quantidade e há indícios de que ele comercializa internacionalmente esse material.’

A ação realizada é um desdobramento da primeira fase da operação em outubro deste ano. Na época, 22 pessoas foram presas em flagrante, em 13 estados. 

No Brasil, a pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de um a quatro anos de prisão; de três a seis anos para quem compartilhar; de quatro a oito anos de prisão para quem produz conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual. 

Também nesta quinta-feira, a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem suspeito de armazenar arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil. A prisão foi efetivada durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal de Belo Horizonte. O preso vai responder pelo crime de aquisição, posse e armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil com pena de até 4 anos de reclusão.

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