Mesmo com o avanço dos celulares e aplicativos de mensagem, os orelhões ainda resistem em parte do país. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil conta atualmente com 39,3 mil telefones públicos ativos distribuídos pelos 26 estados.
A agência determina que, na falta de cartões telefônicos disponíveis, os orelhões devem permitir ligações locais e nacionais para números fixos sem custo. O serviço gratuito tem duração mínima de cinco minutos e está previsto no artigo 70 do Regulamento de Universalização da Anatel.
Em São Paulo está a maior concentração de aparelhos — 28,9 mil, seguidos por Bahia, Maranhão e Minas Gerais. Para fazer uma ligação, basta discar o número fixo normalmente; o sistema identifica a ausência de cartão e libera a chamada gratuitamente.
A retirada gradual dos orelhões começou após a mudança no contrato da operadora Oi, aprovada pela Anatel em 2021, que deixou de ser obrigada a manter a telefonia fixa em regime público. A empresa ainda presta o serviço em locais onde não há alternativa de comunicação disponível, conforme acordo válido até 31 de dezembro de 2028.
Em 2007, o país tinha 1,14 milhão de orelhões em funcionamento. Cinco anos depois, o número caiu para 947 mil e, em 2017, já havia recuado para 830 mil aparelhos.
Apesar da queda, os telefones públicos seguem com papel social importante em comunidades isoladas e em situações emergenciais, sendo uma das poucas formas de comunicação gratuita ainda disponíveis em diversas regiões do Brasil.
Fonte: Rádio Itatiaia