O senador Rodrigo Pacheco (PSD) evitou anunciar se será candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, apesar da pressão feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por ministros de Estado durante evento em Contagem nesta sexta-feira (29/8). Diante de uma plateia formada em grande parte por militantes petistas, o parlamentar limitou-se a dizer que seu “futuro político será exatamente o que cada um de vocês quiser”.
A cerimônia marcou o anúncio de investimentos em mobilidade no município e contou com a presença da prefeita Marília Campos (PT), que destacou Pacheco como principal interlocutor de Contagem em Brasília. Em seu discurso, o senador fez críticas diretas a adversários do PT, como o governador Romeu Zema (Novo) e indiretas à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele classificou como “traidor da Pátria” o brasileiro que atua no exterior contra os interesses do país, em referência a Eduardo Bolsonaro (PL), que vive nos Estados Unidos.
Sobre declarações de Zema de que cidades estariam criando “chiqueiros humanos” ao se referir à população em situação de rua, Pacheco rebateu afirmando que essas pessoas não podem ser tratadas como problema social, mas como vítimas da desigualdade. “Elas precisam ser cuidadas”, disse.
Antes do evento, Lula cobrou uma definição do senador em entrevista à Rádio Itatiaia, afirmando que o tempo de indecisão está acabando. “Ele é a figura política mais importante que Minas tem. Quanto mais tempo demorar, mais os outros candidatos vão ganhando espaço”, afirmou o presidente.
Durante os discursos, ministros como Jader Barbalho Filho (Cidades) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) também reforçaram o apelo pela candidatura de Pacheco. Barbalho disse que o senador tem uma “obrigação com o Brasil e com Minas Gerais”. Já Silveira alfinetou Zema ao citar que Pacheco, ao acordar, vai chamar secretários para trabalhar “e não comer banana com casca”, lembrando uma postagem do governador nas redes sociais.
A prefeita Marília Campos chamou o senador para ficar ao seu lado no palco, dizendo que “esse representa Minas”. Lula, por sua vez, incentivou a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, a mencionar Pacheco ao reforçar que todos no ato tinham lado na defesa dos mais pobres.
Foto: Alex de Jesus/O Tempo
Fonte: O Tempo
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