Uma moradora de Sete Lagoas registrou um boletim de ocorrência contra um médico de uma clínica particular da cidade, acusando-o de enviar mensagens pessoais e inapropriadas após uma consulta. O caso, ocorrido no início de outubro, está sendo investigado pela Polícia Civil e pode envolver infrações éticas e criminais.
Segundo o registro policial, a paciente compareceu à clínica no dia 3 de outubro de 2025, localizada no Centro de Sete Lagoas, para atendimento médico. Durante a consulta, o profissional teria feito perguntas de cunho pessoal, como se ela era casada, tinha filhos ou utilizava métodos contraceptivos — questionamentos que, segundo a vítima, a deixaram desconfortável.
No dia seguinte, o médico teria começado a enviar mensagens pelo WhatsApp, utilizando o número de telefone obtido na ficha de atendimento. Nas conversas, ele teria feito elogios pessoais e demonstrado interesse afetivo, afirmando tê-la achado “muito interessante”. Mesmo após ser alertado pela mulher de que era casada e não aceitava aquele tipo de aproximação, o profissional teria insistido nas mensagens e reconhecido ter conseguido o contato a partir dos dados clínicos.
O comportamento, conforme relatado pela paciente, causou constrangimento e abalo emocional, além de gerar conflitos conjugais. A situação levanta ainda possíveis infrações ao Código de Ética Médica e à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), por uso indevido de informações obtidas em contexto profissional.
A vítima solicitou que o caso seja encaminhado ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) para apuração na esfera ética, além de requerer investigação sobre eventuais crimes de assédio, importunação ofensiva à dignidade sexual e violação de dados pessoais.
Fonte: Redação Por Dentro de Tudo – 15/10/2025