“Esse médico acabou com a nossa família. Ele matou minha filha”. O relato é de Lino Vieira, pai da mulher que morreu após passar por um procedimento de retirada de um dispositivo intrauterino (DIU). A vítima deixou um filho de 10 anos. O caso ocorreu em 4 de novembro de 2023, em uma clínica em Matozinhos, região metropolitana de Belo Horizonte.
Nesta quinta-feira (21), a Polícia Civil apresentou o inquérito de conclusão do caso. As investigações apontaram que o médico vai responder por homicídio doloso — quando se assume o risco de matar. As investigações concluíram que a mulher morreu de um edema pulmonar, causado por uma sedação irregular.
Ainda segundo a Polícia Civil, o médico não acionou com a agilidade uma equipe médica para a paciente que começou a passar mal após a intervenção clínica.
“Eu falei para o médico que eu iria matá-lo profissionalmente. Ele riu de mim. E hoje, com a conclusão da investigação, ficou provado que consegui fechar a clínica que ele trabalhava e consegui provar que ele tem culpa na morte da minha filha”, afirmou o pai da vítima.
Prisão mantida
O médico está preso desde novembro de 2023, denunciado por seis pacientes que o acusaram de violência sexual durante as consultas. O profissional da saúde responde por violação sexual mediante fraude — quando o profissional simula atendimento com toques indevidos e falas de cunho obsceno. A primeira denúncia ocorreu no ano de 2018, e a última foi feita em setembro de 2023.
Desde novembro do ano passado, a clínica onde a mulher morreu em cirurgia de retirada de DIU foi interdidata em Matozinhos.
Fonte: O Tempo.
