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Parque Estadual da Cerca Grande é oficialmente do Estado de Minas Gerais e iniciará ações para efetivar o Uso Público

Por Dentro De Tudo:

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O Parque Estadual da Cerca Grande, em Matozinhos, uma área de grande beleza cênica e relevância ecológica, foi criado através de um Decreto em 14 de Junho de 2010. Sua criação foi uma das condicionantes pelo impacto ambiental causado pela instalação do Aeroporto de Confins. Com uma extensão de 134,19 hectares, o parque é uma categoria de unidade de conservação voltada para a preservação da fauna e flora nativa, especialmente espécies ameaçadas de extinção, recursos hídricos como nascentes, rios e cachoeiras, formações geológicas, valores culturais, históricos e arqueológicos, além de promover estudos científicos, educação ambiental e turismo ecológico.

Além de seu valor natural e cênico, o Parque Estadual da Cerca Grande (PECG) é também um sítio arqueológico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1962. Localizado em uma das regiões cársticas mais expressivas do Brasil, considerada o berço da espeleologia, arqueologia e paleontologia brasileira, o parque desempenha um papel importante na preservação e pesquisa dessas áreas.

No ano de 2020, foram iniciadas as negociações para a compensação espeleológica na área do parque, que se tornaram oficiais em setembro do mesmo ano, por meio de um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD) e a Mineração Morro do Ipê S.A. Esse acordo estabeleceu a doação de uma área no interior de unidades de conservação do estado como forma de indenização e compensação pelos danos causados às cavidades naturais subterrâneas.

Durante os anos de 2020, 2021 e 2022, uma empresa contratada pela Mineração Morro do Ipê realizou diversos estudos técnicos das cavidades presentes no parque, visando a compensação integral de sua área. A Mineração adquiriu a área total da unidade de conservação, localizada na Fazenda Santo Antônio do Caetano. Após a formalização da escritura, a doação foi concretizada por meio de registro no Cartório de Matozinhos, passando a propriedade para o Instituto Estadual de Florestas, responsável pela gestão de mais 94 unidades de conservação em Minas Gerais.

A regularização fundiária é um passo importante para o desenvolvimento do Parque Estadual da Cerca Grande, pois permite que o estado inicie obras de infraestrutura, regularize o acesso por meio de uma estrada própria e dê início ao uso público da unidade. O município de Matozinhos ganha, assim, um importante incentivador do turismo na região, e a comunidade terá acesso a esse importante patrimônio natural, histórico e cultural. O parque, na verdade, é um verdadeiro museu a céu aberto, com um acervo que inclui vários sítios arqueológicos e mais de 900 pinturas rupestres.

Os interessados em acompanhar as atividades e novidades do Parque Estadual da Cerca Grande podem acompanhar suas redes sociais e se tornar incentivadores da preservação desse importante patrimônio de Matozinhos. Com a regularização fundiária, o parque está em fase de implantação para receber visitantes e se tornar um destino turístico de destaque na região, promovendo a conservação da natureza e a valorização da riqueza histórica e cultural do local.

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