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PBH dá duas semanas para avaliar se ‘lei seca’ nos bares surtirá efeito no combate à Covid

Por Dentro De Tudo:

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As próximas duas semanas serão cruciais no combate ao novo coronavírus em Belo Horizonte. Esse é o prazo que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da capital estima para avaliar se a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes, que passa a valer hoje, reduziu a circulação do vírus na cidade. Caso contrário, medidas ainda mais restritivas poderão ser tomadas.

A nova regra foi decidida na última semana, após três reuniões – a última delas com a participação do prefeito Alexandre Kalil – que buscaram alternativas mais brandas ao fechamento do comércio. A poucos dias do Natal, uma quarentena como a imposta em março pode levar à falência de mais empresas na metrópole e agravar a situação econômica dos setores.

A proibição do consumo de bebidas nos pontos de venda é considerada como “intermediária”. “A primeira (em março) foi o fechamento completo, mas sabemos que existem muitos restaurantes que sobrevivem de refeições e, nesse caso, não estávamos vendo como ponto crucial para as aglomerações”, destacou o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis.

Até o momento, 55 mil moradores testaram positivo para a Covid-19 na capital. Mas a preocupação se voltou ainda mais para a ocupação dos leitos de UTI, que, depois de três meses, chegou a 50,6% e acendeu o sinal de alerta.

“Achamos ser necessário tomar uma medida para poder enfrentar essa escalada de casos. Temos observado um aumento na demanda de cuidados e de procura de leitos tanto da terapia intensiva quanto de enfermaria, e sabemos que a grande maioria da população ainda é suscetível à infecção pelo vírus”, comentou o infectologista Unaí Tupinambás, que integra o comitê de enfrentamento da capital.

Sem detalhar quais seriam, tanto o médico quanto André Reis não descartam medidas mais restritivas se os números da pandemia não baixarem em Belo Horizonte. A avaliação será feita diariamente.

O comportamento dos moradores também será fundamental. “Parte dos problemas da contaminação vem do comportamento individual e, para conter a pandemia, o remédio que a gente tem é reduzir a circulação nas ruas”, frisou André Reis.

Além disso

Apesar de ter desagradado o setor de alimentação, o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, explicou ser a proibição do consumo de bebidas alcoólicas uma chance para ajudar no faturamento das casas sem determinar medidas mais drásticas, como a permissão, novamente, apenas dos serviços essenciais. “A decisão foi tomada com grande pesar, sentida pelo prefeito Alexandre Kalil”, comentou.

Segundo André Reis, foram realizadas reuniões com entidades representativas do comércio de BH há cerca de duas semanas, onde foram pontuadas as preocupações do poder público.

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