Em evento na sede do partido em Brasília (DF), o PDT confirmou nesta sexta-feira (21) a pré-candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes à Presidência da República. Também nesta sexta aconteceu a convenção nacional do partido, na qual o presidente atual Carlos Lupi foi reconduzido ao cargo.
O lema da campanha, divulgado nesta sexta, será “A Rebeldia da Esperança”.
Esta será a quarta tentativa de Ciro Gomes de chegar ao Palácio do Planalto. Ele concorreu nas eleições de 1998, 2002 e 2018. Na última eleição presidencial, recebeu 13,3 milhões de votos (12,47%) e ficou em terceiro lugar.
O evento também foi marcado por homenagens ao fundador e principal referência do partido, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, que morreu em 2004. Se vivo, Brizola completaria 100 anos neste sábado (22).
Em seu discurso, falando já na condição de pré-candidato, Ciro enfatizou as críticas aos seus oponentes, em especial o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos). Mas ressaltou que os inimigos que precisam ser combatidos no Brasil são a pobreza, a violência, a fome, a desigualdade, o desemprego, o baixo salário, a péssima educação, a corrupção, o racismo, a opressão das pessoas e do meio ambiente.
Entre as propostas apresentadas, algumas novas e outras recicladas das campanhas anteriores.
Ele afirmou que vai promover uma revisão da reforma trabalhista implementada no governo Michel Temer e que acabará com o teto de gastos, que fixa limite para as despesas públicas.
O ex-ministro da Fazenda disse ainda que vai “mudar a criminosa política de preços” da Petrobras. “Podem tremer de medo os tubarões que se apossaram da Petrobras. Vibrem de alegria os milhões de brasileiros que pagarão menos no combustível. E vamos dizer de novo: o petróleo é nosso”, disse o pré-candidato.
Assim como em 2018, Ciro prometeu que se eleito vai taxar as grandes fortunas e implementar a cobrança de impostos sobre lucros e dividendos. E reafirmou que vai tirar do papel o programa Nome Limpo, que tem o objetivo de limpar o nome de cerca de 60 milhões de pessoas endividadas.
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