Um projeto do governo de Minas Gerais para conceder à iniciativa privada a administração da MG-010, também conhecida como Linha Verde, entre Belo Horizonte e o Aeroporto Internacional de Confins, tem gerado controvérsia. O projeto, que visa melhorar a infraestrutura da rodovia no chamado “Vetor Norte”, inclui a instalação de pedágios no percurso de 123,4 quilômetros que atravessa 13 municípios, incluindo BH, Lagoa Santa, Matozinhos, Pedro Leopoldo e Sete Lagoas.
O projeto, orçado em R$ 4,3 bilhões ao longo de 30 anos, promete reduzir o tempo de viagem entre a capital e Sete Lagoas em mais de 27 minutos. Além disso, prevê investimentos em serviços como atendimento médico de emergência e guincho. Contudo, o custo do pedágio tem causado preocupação entre os vereadores. A estimativa é que o custo ida e volta para quem trafega no trecho de Belo Horizonte a Confins poderia chegar a R$ 18,36, o que foi questionado por parlamentares como o vereador Helton Junior (PSD), que considera o valor excessivo, principalmente para um trecho com boa infraestrutura.
O governo do estado explicou que o valor do pedágio variaria entre R$ 1,66 e R$ 5,04, dependendo do trecho, e afirmou estar avaliando alternativas para reduzir as tarifas, incluindo o Desconto de Usuário Frequente (DUF) para quem utiliza o pedágio eletrônico com regularidade.
A proposta do governo ainda está em fase de discussão e deve ser debatida em uma audiência pública na Câmara de Belo Horizonte no próximo dia 20 de março. A instalação das praças de pedágio será realizada em vários pontos ao longo das rodovias, incluindo a rodovia LMG-800, que liga o Aeroporto de Confins, e a MG-010, entre outros trechos.
A Seinfra, que está conduzindo o projeto, busca garantir a equidade tarifária, onde os motoristas paguem conforme o trecho percorrido. No entanto, o projeto ainda não tem data definida para licitação.