Pediatra destaca os cuidados com bebês em meio ao aumento do número de casos de Dengue

Por Dentro De Tudo:

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Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 345.235 casos de dengue registrados, totalizando 40 mortes até nesta terça (6). 

Com a preocupante disseminação da dengue em nosso país, os cuidados com os bebês se tornam ainda mais cruciais. A pediatra neonatologista Drª Caroline Westphal, enfatizou a importância de proteger os bebês, especialmente os recém-nascidos e aqueles que ainda não podem utilizar repelentes. 

Aqui estão algumas orientações essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos pequenos: 

1. Proteção contra picadas de mosquito: 

   – Vista roupas leves que cubram a maior parte da pele do bebê, principalmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos. 

   – Evite deixar janelas e portas abertas, e instale telas de proteção para impedir a entrada de mosquitos dentro de casa. 

2. Ambiente livre de criadouros: 

   – Mantenha recipientes de água fechados e livre de acúmulo de água, pois esses locais são propícios para a reprodução de mosquitos. 

   – Limpe regularmente os recipientes de água dos animais de estimação e verifique se não há água parada em vasos de plantas. 

   – Mantenha as áreas de convívio do bebê sempre limpas, livres de acúmulos e sujeira.    

3. Consultas Médicas Regulares: 

   – Mantenha as consultas médicas de rotina do bebê em dia, para que qualquer problema de saúde possa ser detectado e tratado precocemente. 

   – Esteja atento a qualquer sinal, como febre, irritabilidade, falta de apetite ou erupções cutâneas. Lembre-se de que, muitas vezes, a criança não sabe informar o que está sentindo. A dengue na criança pode ser assintomática, ou apresentar sintomas semelhantes aos presentes em outras viroses. 

   – Em caso de suspeita de dengue ou qualquer outra doença, procure imediatamente orientação médica.   

4. Hidratação: 

– Bebês de até 6 meses que estão em aleitamento materno exclusivo, devem mamar mais vezes durante o dia. 

– Para os bebês com mais de 6 meses, aumentar a oferta de água. 

5. Repelentes 

– Deve ser aplicado nas regiões expostas da pele e removido durante o banho com água e sabonete. Não é permitido dormir com repelente. 

– Não há repelente permitido até os 2 meses de idade. Bebês menores de 2 meses devem utilizar apenas barreiras físicas como roupas e carrinhos com mosquiteiros com elásticos. 

– A partir de 2 meses temos algumas opções; no entanto, entre 2 e 6 meses, o uso é aceitável apenas em situações de exposição intensa e inevitável a insetos. Leia a idade indicativa no rótulo.  

– Número de aplicações permitidas durante o dia: uma aplicação até 1 ano de idade; duas aplicações entre 1 e 12 anos; a partir de 12 anos, podem ser realizadas duas a três aplicações ao dia. 

– Nunca aplicar nas mãos da criança para que ela mesma espalhe no corpo. Elas podem esfregar os olhos ou colocar a mão na boca. 

– Não aplicar no rosto ou sobre a pele traumatizada. 

– Recomenda-se aplicar primeiro o protetor solar e, após secar, realizar a aplicação do repelente. 

6. Vacina 

– Atualmente, há duas vacinas licenciadas no Brasil.  

– A vacina disponibilizada pelo SUS é a QDenga, indicada para pessoas de 4 a 60 anos. O Ministério da Saúde anunciou que, neste primeiro momento, o público-alvo vai incluir apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.  

– A vacina QDenga também pode ser encontrada na rede privada. 

É fundamental que os pais estejam sempre atentos à saúde e ao bem-estar de seus bebês. Seguir essas orientações ajudará a proteger os bebês contra a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, garantindo um desenvolvimento saudável e feliz. 

Lembre-se sempre: a prevenção é a melhor forma de proteger nossos pequenos. 

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