Um homem de 52 anos, que teve 75% do corpo queimado, está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Lagoa Santa, desde sábado (14), aguardando transferência para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, considerado referência no atendimento de queimaduras em Belo Horizonte.
A família alega que no local não há condições adequadas para o tratamento das queimaduras de Ivan Luiz Rodrigues Maciel. E que já acionou o Pronto-Socorro em BH, mas que foi informado que não há vagas no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no hospital.
Ele se feriu ao tentar ascender um fogão à lenha com solvente, na manhã de sábado, em Lagoa Santa.
“Ele teve queimaduras de 1º e 2º graus, na UPA de Lagoa Santa, o CTI é exclusivo para Covid-19, por isso, meu pai não pode ser transferido pra lá. Mesmo com a negativa do Pronto-Socorro João XXIII, nós entramos com uma liminar exigindo que ele fosse transferido pra lá, mas até agora, nada aconteceu”, disse a filha de Ivan, Sara Maciel que é técnica em enfermagem.
Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que “a Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital João XXIII tem duas formas de admissão: pela urgência ou por meio de encaminhamento via Central de Regulação, que gerencia os leitos de acordo com as vagas disponíveis em todas as unidades de saúde e as necessidades específicas de cada caso”.
Disse ainda que “sendo referência nesses atendimentos, é natural que seja o primeiro hospital a ser acionado em casos graves. Porém, como o paciente recebeu o primeiro atendimento em outra unidade, em Lagoa Santa, o município solicita a vaga à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, que busca a vaga nos hospitais da capital. O Hospital João XXIII não faz, portanto, contato direto com a UPA de Lagoa Santa, mas disponibiliza vagas existentes para todo o estado quando acionado pela Central de Regulação”.
A Secretaria Municipal de Lagoa Santa não se posicionou sobre o assunto.
