Peixes mortos: Polícia vai apurar se houve crime ambiental em lagoa de Pedro Leopoldo

Por Dentro De Tudo:

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A Polícia Ambiental esteve na lagoa do bairro Lagoa de Santo Antônio, nesta segunda-feira (22), juntamente com a Polícia Civil para uma perícia e recolhimento de alguns exemplares de peixes para análise, objetivando compor inquérito civil para apurar se houve algum crime ambiental. A informação conta na nota da Prefeitura de Pedro Leopoldo enviada ao Por Dentro de Tudo. 

De acordo com a administração municipal, a limpeza da lagoa com a retirada dos peixes mortos foi iniciada nesta segunda, mas foi interrompida temporariamente pela Polícia Ambiental. 

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a mortandade de peixes na lagoa cárstica de Lagoa de Santo Antônio pode estar associada a duas questões principais:

– ocorrência de um fenômeno associado a mudança de temperatura atmosférica. Quando após dias quentes a temperatura cai bruscamente pode gerar uma movimentação vertical das águas da lagoa. A camada de água mais superficial, com maior taxa de oxigenação, se resfria e desce provocando a subida das águas de fundo que contém muito pouco oxigênio, provocando assim a mortandade.

– outra possibilidade é a proliferação de algas cianofíceas resultantes da maior carga de matéria orgânica. As algas consomem oxigênio e provocam a morte dos peixes mais sensíveis por asfixia. O aumento da carga de matéria orgânica pode ser decorrente de vazamentos de esgoto que atinjam a lagoa e/ou pelo maior volume das águas que cobriram áreas cobertas de vegetação. Essa vegetação submersa entra em putrefação aumentando o consumo de oxigênio da água.

Os estudos já iniciados pela UFMG, no Programa de Revitalização da Lagoa – que tem participação da Prefeitura de Pedro Leopoldo com destinação de recursos – preveem a análise da água que então permitirá melhor conhecimento da real situação. O que é possível apontar é que existe processo de eutrofização da lagoa o que significa forte degradação por matéria orgânica.

“Os estudos são de médio a longo prazo. Na semana que vem, segunda-feira, o especialista em qualidade das águas, Professor Frederico Lopes do Instituto de Geociências da UFMG, virá ao local para iniciar os trabalhos de coleta e monitoramento”, informou a Prefeitura por nota.

Leia a matéria sobre os milhares de peixes encontrados mortos na Lagoa.

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