O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, voltou a ativar seu perfil no Instagram na noite desta terça-feira (2). No feed, o réu passou a divulgar certificados e diplomas que possui, entre eles uma certificação da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. As imagens foram publicadas também nos stories. O retorno à rede social ocorreu sem as fotos em que aparecia ao lado da esposa, a delegada da Polícia Civil de Minas Gerais Ana Paula Balbino.
A reativação do perfil aconteceu dias após a entrevista concedida por Renê ao jornalista Roberto Cabrini, exibida no último domingo (30). Na conversa, o empresário afirmou que houve um “incidente” no dia 11 de agosto, quando Laudemir foi baleado e morreu no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte. Durante a entrevista, Renê apresentou versões contraditórias e demonstrou nervosismo ao falar do caso.
Em seu relato, ele alegou inicialmente que a morte teria sido um “acidente” ou “bala perdida”, seguindo orientação de um ex-advogado. Depois, passou a negar participação no disparo. Também contestou depoimentos que o apontam como responsável pela discussão que antecedeu o crime, afirmando que apenas reclamou da dificuldade para passar com seu veículo pela via parcialmente bloqueada pelo caminhão de coleta.
Ao longo da entrevista, Renê disse ainda que sua prisão foi ilegal e relatou ter sido ameaçado por delegados. Questionado sobre o fato de manter atividades diárias após o crime, como ir à academia e passear com os cachorros, afirmou que continuou sua rotina normalmente. Ele também declarou estar triste por não ter recebido visita da esposa no presídio, embora tenha dito compreender a situação.
No encerramento, o empresário afirmou que está “com a consciência tranquila” e se recusou a pedir desculpas à família da vítima, alegando que “não fez nada”.
Foto: Reprodução / Instagram
Texto original: O TEMPO

















