A denúncia de abuso sexual em um hospital da rede Mater Dei não foi confirmada. A assessoria da unidade médica afirmou ter tido acesso ao resultado dos laudos periciais que não constataram a existência de esperma, como a vítima alegava. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11).
Henrique Salvador, presidente da rede Mater Dei, gravou um vídeo e disponibilizou o material à imprensa. No comunicado, ele garante que o abuso não existiu.
“O laudo da polícia técnica foi muito claro ao demonstrar que não havia nenhum vestígio de violência à paciente que foi denunciante, a paciente que foi examinada por uma perita oficial”, destacou.
A reportagem procurou a Polícia Civil, que informou que as investigações ainda não foram concluídas. A corporação não divulgou o laudo.
A paciente que denunciou o suposto abuso afirmou que soube que alguns laudos já ficaram prontos, mas disse que não vai comentar o assunto.
RELEMBRE
Uma mulher de 38 anos denunciou ter sido abusada sexualmente na noite de segunda-feira (8), enquanto se recuperava de uma cirurgia no Hospital Mater Dei, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima percebeu sinais de abuso no quarto, horas após a cirurgia.
A mulher, que precisou ser sedada com anestesia geral após o procedimento, foi encaminhada para uma sala de recuperação assim que saiu do bloco cirúrgico. Em seguida, foi para o quarto. Lá, a paciente sentiu vontade de urinar, e o marido dela pediu ajuda para uma enfermeira, que trouxe um dispositivo conhecido como “comadre” para facilitar o processo.
Depois que a mulher urinou, o marido teria encontrado vestígios do que considera ser esperma. Um short da vítima também teria traços do mesmo material, além de estar furado.
Enfermeiras, médicos e funcionários do hospital foram entrevistados pela PM, e todos alegaram que em nenhum momento a vítima ficou sozinha.
A mulher disse que, além dela na sala de cirurgia, estavam o anestesista, um auxiliar cirurgião e um outro homem que ela não soube identificar.
A vítima alegou que o hospital não colheu amostras do material suspeito, e não disponibilizou um ginecologista para verificar se houve algum ferimento ou lesão nela.
Fonte: Globo Minas. Foto: Carlayle André/TV Globo


















