Com a chegada do período sazonal da dengue, que vai de outubro de 2024 a maio de 2025, o Ministério da Saúde acende o alerta para a urgência na prevenção das arboviroses no Brasil. A combinação de calor intenso e chuvas esperadas cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya.
O último verão já registrou um aumento expressivo de casos, com mais de 6,5 milhões de notificações de dengue até agosto de 2024, um crescimento de 300% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Agora, o governo federal lançou um plano de ação focado em aprender com as estratégias anteriores e reforçar a colaboração entre instituições públicas, privadas e organizações sociais para mitigar os riscos.
Tecnologia como aliada no combate à dengue
A tecnologia vem sendo um grande trunfo na luta contra a dengue. Um exemplo é o Techdengue, uma solução que utiliza drones para mapear e tratar focos de reprodução do mosquito. Com mais de 35 mil hectares mapeados e quase 73 mil focos identificados, o sistema trata até 26 pontos de reprodução em um único voo, com uma assertividade superior a 95%.
Desenvolvida pela Aero Engenharia, a tecnologia permite que prefeituras atuem de forma eficaz, além de fornecer dados detalhados sobre as áreas atendidas. Cláudio Ribeiro, CEO da Aero Engenharia, afirma que a implementação dessa inteligência geográfica pode transformar a gestão de saúde pública nas cidades, oferecendo um futuro mais saudável e controlado em relação às arboviroses.
O uso de drones e dados geoespaciais promove uma gestão baseada em informações precisas, ajudando a identificar e tratar focos do mosquito em tempo hábil, o que é essencial para evitar novos surtos epidêmicos.
