O isolamento social está afetando de forma significativa o comportamento e expectativas de jovens e adolescentes, principalmente os da geração Z (hoje entre 10 e 25 anos). Sem poder ter contato com familiares e amigos nem ir à escola, duas de suas principais queixas, a maioria está ansiosa, deixou de praticar exercícios físicos e mais desconfiada em relação às informações recebidas pelo governo, como mostra pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp.
A pesquisa foi feita entre os dias 13 e 19 de junho, com 6041 alunos da rede, em 59 municípios de cinco estados brasileiros, onde a empresa tem escolas. A maioria dos entrevistados é do sexo feminino (51,3%), tem idade a partir dos 10 anos, sendo a maioria entre 15 a 19 anos (51,5%) e está cursando o Ensino Médio (51,5%).
Apesar de ser uma geração que nasceu após o surgimento da internet e por virtuais que sejam, os jovens e adolescentes dizem que do que eles mais têm sentido falta nesse período de isolamento, é do contato físico com os amigos e familiares, segundo 43,1 dos entrevistados. Já para 25,9% é de ir à escola e 24,4% de ir ao cinema, clube, jogos de futebol e shopping.
E por mais acostumados que estejam à tecnologia, quando se trata de estudo no ensino regulamentar, a maioria (86,2%) prefere as aulas presenciais, contra 7,5% online e 6,2% semipresenciais.
Para 57,9% dos entrevistados, com a mudança das aulas presenciais para virtuais a tendência é piorar o aprendizado dos alunos, enquanto 30,2% acham que o nível do aprendizado será mantido, e 12,2% consideram que haverá melhorias.
Isso, apesar da pesquisa ter apontado que a adaptação das aulas presenciais para o sistema virtual feita pelas instituições de ensino regular foi considerada boa para 36% dos entrevistados, regular para 35,5%, precária para 14,5% e muito boa para 14,4%.