Petroleiros protestam na manhã desta sexta-feira (25) contra a disparada do preço dos combustíveis e do gás de cozinha. O ato, que é nacional, é organizado em Minas Gerais pelo Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-MG) e ocorre na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande BH. O protesto tem apoio de outras categorias, como educação e de movimentos sociais e sindicais.
“É um ato de repúdio ao desmonte da Petrobras, ao aumento dos combustíveis e contra a precarização da vida. A Petrobras, em 2021, teve lucro de R$ 106 bilhões em plena crise da pandemia, com lucro de mais de R$ 100 bilhões. Esse lucro foi a partir do sofrimento população. Os últimos dados, de 2019, mostram que mais de 14 milhões de famílias, de residências, não tinham acesso ao gás de cozinha”, diz Alexandre Finamori coordenador do Sindipetro-MG.
A política de preços da Petrobras, baseada no mercado internacional, também é criticada pela categoria. “Em torno de 95% do petróleo aqui na refinaria é brasileiro e tirado a 7 dólares. E o Bolsonaro vende para população como se fosse em torno cento e poucos dólares, que é o valor internacional. Nós temos o petróleo, temos a refinaria em Betim, nós podemos vender mais barato para população mineira”, disse.
Em nota, a Petrobras afirmou que ficou 57 dias sem reajustar os preços da gasolina e do diesel e mais 150 dias no caso do valor do gás de cozinha. A estatal informou ainda que o último reajuste foi necessário para manter o fornecimento por todas as empresas mitigando riscos de desabastecimento.
A manifestação engloba atos agendados em todo país, encabeçados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), com participação de outros sindicatos.
Reajuste da Petrobras
Desde 11 de março, a Petrobras reajustou os valores dos derivados de petróleo nas refinarias. No caso da gasolina, o valor do litro subiu de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 18,8%. O diesel subiu de R$ 3,61 para R$ 4,51, alta de 24,9%.
Fonte: Itatiaia.